domingo, 24 de janeiro de 2010

o destino, na chuva.

É fácil acreditar em destino, é cômodo traquilo.


A pele se ouriçava com os pés que balançavam na fina camada de água que se formava no chão, cada parte do corpo se arrepiava com o vento que a invadia sem licença arrancando sorrisos enquanto a chuva caia. Segundos depois la estava ela completamente molhada.

Não precisou pensar pra decidir que iria se molhar, mas isso, será mesmo que isso era seu destino? Será que a chuva se fez naquela tarde tão quente porque sabia que ela não ia resistir a se molhar e assim seu destino se cumpriria...

Um traço sutilmente preto se formava no rosto, a gota da chuva levava lentamente sobre a sua pele vestígios da maquiagem, o cabelo lhe caia pelo ombro encharcado e então o vento juntamente com a chuva se foi levando às sensações e a pele arrepiada que a fazia tão feliz e tão triste, e essa simultaniedade a irritava profundamente...

E então, os minutos de chuva estavam no destino? Não... não estavam, destino é o resultado das escolhas seleção das atitudes... destino não passava de tudo aquilo que se faz durante a vida intera, e quando a vida é boa é melhor dizer que era mérito dela do que dizer que era obra do destino, mas é quando a vida está ruim?... ainda esta atras daquilo que tanto a faz falta, ainda esta atras do seu 'destino'.

E tudo o que ela pensava e fazia amanhã seriam destino...(talvez)